domingo, 8 de fevereiro de 2009

Desenvolvimento com liberdade

A grande questão na qual o mundo atual se depara após a expansão das conquistas tecnológicas do século XX é saber se, ou até que ponto, este ‘progresso’ chamado de desenvolvimento, proporcionou dignidade e emancipação para o ser humano, atendeu suas necessidades principais e viabilizou a autonomia e o empoderamento de forma geral e democrática, para que o homem contemporâneo se identificasse como sujeito de sua vida. No campo das políticas públicas, nas últimas décadas, valorizou-se muito este ‘progresso’ e a ‘não intervenção’ como capazes de gerar desenvolvimento, proporcionar melhorias na qualidade de vida para todos e democratizar as relações sociais pelas mãos invisíveis do ‘mercado’.
Entretanto, com a constatação do impotência desta “versão” de desenvolvimento para atender as necessidades sociais e de liberdade do ser humano, uma nova perspectiva política vem ganhando corpo no cenário mundial. O tema desenvolvimento local desvinculado da perspectiva puramente econômica e tecnológica esta presente entre os envolvidos na transformação social da estrutura local e nos meios acadêmicos. O objetivo desta abordagem é orientar as alternativas de desenvolvimento, tanto no que se refere aos recursos quanto às potencialidades locais, considerando os princípios de sustentabilidade e solidariedade, percebendo o cidadão como aquele que tem consciência de que o bem-estar da sua comunidade política e do seu território depende da responsabilidade coletiva.
Com vistas nesta perspectiva, faz-se necessário definir políticas públicas e ações que envolvam a coletividade e a sociedade civil organizada no sentido do desenvolvimento local integrado. Para esta definição é necessário o conhecimento da estrutura e da dinãmica da organização social da comunidade e sua potencialidade para a participação popular e para o fortalecimento do espírito da Cultura Cívica.
A partir destas questões, é também de importância fundamental definir qual o papel do “Estado” para compor o Cenário de desenvolvimento sustentável com cidadania: o Estado burocrático intervencionista que define tecnicamente as questões públicas e sociais para a comunidade passiva ou a sociedade autônoma, ativa e emancipada que busca seu desenvolvimento pela ação coletiva independente dos “Humores” do poder público instituído?
Renato Ferreira de Oliveira.
Pró Reitor de Extensão do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFET- Sul de Minas)

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